segunda-feira, 21 de outubro de 2019

6 dicas para fazer o discurso de casamento perfeito

6 dicas para fazer o discurso de casamento perfeito

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Texto: Alessandra Pereira 

O nervosismo dos noivos antes do casamento é natural diante da emoção que os espera. Mas é na preparação do discurso de casamento que o desespero costuma bater com mais intensidade. Afinal, a proposta é que a mensagem permaneça na lembrança de ambos para sempre e sele a celebração de amor

Para quem gosta de escrever e fazer declarações é bem mais fácil pensar nos votos de casamento, mas aos mais tímidos e avessos as palavras pode ser um verdadeiro drama. Mesmo para profissionais não é fácil encontrar as palavras certas que definam a história de amor que está entrando numa nova fase naquele momento, assim como resumir uma imensidão de sentimentos e sonhos com o ser amado.
Será que os votos são importantes?
Os votos de casamento são muito comuns em filmes românticos, que emocionam os noivos, convidados e claro, o expectador. No Brasil essa prática não era muito comum, mas vem crescendo nas cerimônias religiosas e cíveis atualmente. O mais comum é que frases como “na saúde e na doença, na alegria e na tristeza…” seja apenas uma repetição do que o celebrante diz. 
A mais antiga lembrança dos votos de casamento é de 1542, como confirmação do juramento de fidelidade, respeito, honra e união entre os noivos. Era uma forma de conscientizar os noivos de que a vida também teria dificuldades, mas que o fundamental é que estivessem juntos para superá-las através de um compromisso diante de Deus. Esse significado permanece até os dias de hoje e é a base do que se entende como matrimônio, não importa com que circunstâncias o casal decidiu se casar, nem mesmo a religião ou o tipo de cerimônia.
O conteúdo dos votos de casamento foi muito alterado com o passar dos anos, muitas vezes se resumindo a frases padronizadas. Atualmente os votos vêm ganhando espaço e sendo incentivados para que os próprios noivos escrevam o discurso que farão um ao outro durante a cerimônia. 
Não há dúvidas que a inclusão dos votos de casamento deixa a cerimônia mais pessoal e emocionante, mas nem sempre há sermões religiosos que permitem essa interrupção romântica. Algumas igrejas só permitem que os noivos leiam passagens bíblicas e reprimem expressões autorais da relação entre eles, tornando os votos mais comuns em casamentos mais informais. 
Se esse é seu caso, não se preocupe porque vamos te ajudar a encontrar um caminho para escrever seus votos, da forma mais sincera e emocionante possível, ok?

Fazer seus votos pode ser mais fácil do que parece!

Não há um formato padrão para criar os votos, mas procure fugir dos clichês e inclua no texto frases e informações que realmente fazem parte da vida de ambos. Mesmo para casais muito religiosos, o ideal é evitar muitas menções a religião para não parecer uma extensão do sermão. 
Para escrever um bom discurso de casamento e conseguir lê-lo diante de várias pessoas, selecionamos abaixo algumas boas dicas para liberar a criatividade e emoção desse momento único: 
1 – Crie uma estrutura para seu texto
A fase inicial é escrever tudo o que acredita ser importante sobre seu relacionamento, histórias emocionantes, músicas e poesias preferidas, assim como seu desejo do futuro. Não se preocupe com a estética do texto e nem ordem cronológica, apenas foque nas lembranças e deixe a emoção direcionar os pensamentos. Todas essas informações servirão de base para a criação do texto em si. 
2 – Não tenha medo de pedir ajuda
Se for mesmo muito difícil organizar as palavras e encontrar um bom caminho para o texto, chame um amigo que tenha mais fluência na escrita e peça sua ajuda. Ele precisa dos rascunhos descritos no primeiro item para criar um texto perfeito para a ocasião. 
3 – Não tenha medo de ser bem humorado
Uma boa dose de humor ajuda a descontrair e tirar o peso do excesso de emoção. Equilibrar risos e lágrimas torna o texto real e envolvente, mas é preciso muito cuidado com o tom dos comentários para que se mantenham de bom gosto e adequados a cerimônia. 
4 – Inclua pessoas importantes no discurso 
Incluir amigos e parentes que tiveram uma participação pontual na história do casal, ajuda a envolver ainda mais os convidados nessa emoção. Em especial histórias pitorescas e divertidas, momentos difíceis em que outra pessoa ajudou a superar, entre outras situações. Os familiares como pais e mães também podem ser citados e, caso alguém já tenha falecido, é preciso ter cuidado para não deixar a cerimônia triste. 
5 – Cuidado com os excessos 
É melhor ter um texto curto e sincero do que longo e cansativo. Mesmo que sua habilidade seja escrever, não é preciso criar um capítulo de um livro ou uma tese de mestrado. Seja objetivo, não cometa erros de português, use uma linguagem coloquial, mas cuidado com gírias e palavras obscenas e deixe a emoção fluir para equilibrar bem a razão com a emoção. 
6 – Evite o improviso
Depois de ter escrito o texto, leia antes da cerimônia. Ensaiar o discurso de casamento antes, principalmente diante do espelho, ajuda a encontrar o tom ideal sem ser piegas ou frio demais. Inclusive é ótimo para os tímidos e evita que gaguejem no momento dos votos. 
Casamento Giulia e Gustavo – Foto Alexandre Rechtman  

Casamento Rafaella e Renato – Foto Salamonde fotografias

Casamento Claudia e Alberto – Foto Alexandre Rechtman

Casamento Maite e Breno – Foto Mana Gollo

Casamento Junia e Lamark – Foto Sebastian Germino

Tudo sobre casamento judaico

Tudo sobre casamento judaico

Por  | nenhum comentário

Texto: Alessandra Pereira 

O casamento judaico é considerado um ato sagrado para a religião, onde cada detalhe é fundamental para a sua consagração. Visto sob o aspecto prático de um contrato entre um homem e uma mulher para a formação de uma nova família, ele também tem alto valor espiritual de unificação de almas.

Baseada no Antigo Testamento Bíblico ou no Torá, no Talmud e na Halachá, as simbologias do casamento judaico encantam não só judeus, mas também quem valoriza uma cerimônia repleta de rituais sagrados e significativos. Muitos estão presentes há milênios e vem se perpetuando entre a comunidade, com atualizações de cada região.

A valorização de cada detalhe

O que diferencia o casamento judeu dos cristãos é a forma como dão significado a cada etapa, do noivado até a consagração do casamento. A base para a sua realização é a assinatura do Shtar Tena´m, um “Documento das Condições” onde os noivos e seus pais se comprometem com a concretização da união. A cultura judaica tradicional propõe uma cerimônia a parte para sua assinatura e as mães dos noivos quebram um prato cada, como forma de aceitação das cláusulas. 
Esse documento é especialmente importante para casamentos arranjados por casamenteiros da comunidade judaica. Ainda é comum que profissionais ajudem a formar pares entre os solteiros da comunidade, que podem ou não se casar, como forma de ajudar a manter os laços religiosos e a preservar a tradição. Embora exista uma atenção especial para bens e heranças, o foco principal do casamento judaico é a união espiritual entre um homem e uma mulher. Os judeus só se consideram completos após o casamento e diante da formação de uma nova família. 
O dia do casamento judaico é o Yom Kipur para os noivos, ou seja, o Dia do Perdão.  Segundo a tradição, nesse dia Deus perdoa seus pecados para que possam começar uma nova vida em conjunto. Para isso é preciso se preparar para a purificação, através de rituais que incluem uma semana sem que os noivos se vejam, jejum no dia do casamento, troca de presentes entre eles e outros.  
Os casamentos judaicos não precisam ser realizados em uma sinagoga, mas é fundamental que o chuppah esteja presente. Ele é uma cobertura onde o casamento é realizado, cujo significado é a existência do passado, presente e futuro que ajudam a formar o novo lar que está se construído. A inclusão do chuppah nos casamentos é uma referência a Abraão , patriarca que convidava todos a serem acolhidos em sua tenda, ou seja, pela sua família.   
Um dos pontos altos de um casamento é o vestido de noiva, que deve ser todo branco, sem espaço para nuances como o prata ou marfim. A cor representa a pureza da noiva diante dessa nova vida que se inicia e do perdão divino que está recebendo. A noiva entra no local onde será realizada a cerimônia com o rosto descoberto pelo véu, mas logo é coberto pelo noivo antes de entrar no chuppah. 
A presença do véu para cobrir o rosto da noiva indica que a beleza exterior não é fundamental para a solidificação do casamento, mas sim a interior, que permanece ao longo dos anos.  Mas segundo o Torá, o rosto da noiva vem descoberto para que o noivo não cometa o mesmo erro de Jacó, que sem perceber o rosto antes da cerimônia se casou com Lea e não com Raquel. Já ele ser coberto novamente representa o primeiro encontro de Isaac com Rebeca, que cobriu o rosto ao vê-lo. 
O noivo utiliza um taliti branco, semelhante a uma mortalha, por cima de seu terno numa demonstração que todos são iguais diante de Deus. Os homens presentes, sejam parentes ou convidados judeus ou não, devem usar o kipá em suas cabeças. O item simboliza a presença de Deus acima do homem, acompanhando e observando todos os atos, além de reforçar a sua crença. Usado somente na cerimônia, ele pode ser guardado como lembrança desse momento tão especial. 
Casamento Marjorie e Guilherme – Foto Giovani Garcia
Casamento Renata e Alexandre – Foto Anna Quast e Ricky Arrruda

Os diferenciais da cerimônia

Assim como nos casamentos cristãos, o noivo entra antes da noiva, mas acompanhado pelos seus pais. O motivo é que todo casamento judaico só acontece se a noiva consentir que ele seja realizado, fazendo com que o noivo a aguarde para dar início a cerimônia. A entrada da noiva também é triunfal, sempre acompanhada pelos pais e não somente pelo pai como são os outros casamentos. 
Logo no início da cerimônia a noiva e seus pais dão sete voltas em torno do noivo. O ritual se refere aos sete dias de criação do mundo por Deus, como se a noiva estivesse construindo os pilares da nova família, mas também representa a queda da muralha de Jericó para quebrar qualquer barreira que possa aparecer para o casal. A atitude indica que a noiva estará ao lado do futuro marido em todas as situações que possam surgir. 
Sete também são as bênçãos recitadas na cerimônia, que falam sobre a criação do mundo e do r humano, assim como o povo de Israel, a sobrevivência dos judeus, a importância do casamento e a criação da nova família. A quebra de copos também é bastante relevante no ritual, indicando que num casamento há momentos felizes e tristes, mas que serão superados com a ajuda um do outro, dos amigos e parentes. Como o vidro representa a reconstrução, no momento da quebra todos ficam em silêncio absoluto, respeitdo o momento do casal, para em seguida entoarem um “boa sorte” ao final. 
Mas o momento mais importante da cerimônia de casamento judeu é a entrega das alianças. Ela é colocada na mão mais forte da noiva, seja direita ou esquerda, iniciando no dedo indicador para que as testemunhas possam confirmar o compromisso selado no momento. Em seguida os noivos retiram do indicador e colocam a aliança no dedo anular esquerdo, sob as palavras do noivo em hebraico que confirmam a consagração pelas leis de Moisés e Israel. 
As alianças de um casamento judaico não permitem designs ousados e inclusão de detalhes como pedras e outros metais. A tradição indica que elas devem ser feitas em ouro, com estrutura forte, mas simples e lisas, indicando um círculo inquebrável da união, estável, perfeito e protetor. Após a troca das alianças, os noivos são considerados casados.  
Casamento Marjorie e Guilherme – Foto Giovani Garcia
Casamento Marilia e Rafael – Foto Cleiton Tiburcio
Casamento Michelle e Arthur – foto Daud Pacha
Casamento Maureen e André – Foto Cicero Cavalli
Casamento Tati e Daniel – Foto VRebel

Felizes para sempre 

O casamento judaico é realizado sob pilares relevantes de união, companheirismo, amizade, amor, respeito e manutenção das tradições. O livro sagrado do judaísmo, Torá, ensina que o casal não se juntou por coincidência, mas por uma combinação de Deus e um reencontro de uma mesma alma que se dividiu na terra: “quarenta dias antes da concepção é decretado nos céus que a filha dessa está prometida ao filho daquela”. 
Como identifica o casamento como um mandamento de Deus e não uma instituição criada pelos homens, é preciso que o casal esteja de fato conectado um com o outro. Afinal, mesmo diante dessa predestinação a religião entende que há o livre arbítrio e cada indivíduo, tanto o homem quanto a mulher, tem o poder de decidir o que fazer com seu destino. Dessa forma, mesmo os casamentos arranjados só são realizados se ambos concordarem com ele e se sentirem a vontade em dar sequencia nos rituais para estabelecer a união. 
Chamado de kidushin em hebraico, o matrimônio judaico pode variar de rituais e até de significados, mas é inevitável controlar a emoção diante de toda essa tradição. Verdadeiras metáforas do Antigo Testamento, ele demonstra a fé e força de um povo que se mantém unido ao longo dos anos. 
Casamento Michele e Arthur – Foto Daud Pacha
Casamento Michele e Arthur – Foto Daud Pacha

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